Noites...SEMFim (Subversão, Poesia e Excrementos)
sábado, 25 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Tenho apenas um mês
Eu
tenho apenas um mês para ficar bonito.
É!
Em setembro vou ao Rock in Rio e estou cheio de manchas na pele. Não
sei como resolver isso. Sinto cada vez mais que tenho pouco tempo e
quero aproveitá-lo da melhor maneira possível.
Sempre
com muita música.
Vou
no dia do System Of a Down e de quadra vou ver a banda Hollywood
Vampire com Johnny
Depp.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Conto sobre gatos, parte do meu projeto de livro: Eugênio.
"Acordava
e ia dá uma olhada no quintal. Ia ver se os gatinhos filhotes já
estavam com a doença.
Acho
que no meu quintal tem uma espécie de verme, de germe, ou: uma
Maldição.
De
um gato que tínhamos no quintal, surgiram três, quatro, sete, dez.
Chegou uma hora que não sabíamos mais quantos eram ao certo.
No
nosso quintal, os gatos e as galinhas conviviam lado a lado.
Às
vezes as galinhas chocavam seus ovos, às vezes eram as gatas que
embuchavam.
Os
gatos mais velhos tinham os olhos esbugalhados. Salientavam-se os
olhos até, numa manhã, caírem.
A
maldição se repetia sempre: os filhotes cresciam, seus olhos
começavam a inchar: saltavam o máximo que podiam, e aí caíam.
Ficava só o buraco ressecado e vazio no lugar.
Manhãs
após manhãs, eu abria um pouco a janela da cozinha e constatava a
perpetuação da maldição.
Nossas
roupas eram lavadas e estendidas lá. 'E se nós pegássemos a
maldição também?'
Durante
as refeições, todos à mesa, eu ficava olhando os olhos de todo
mundo: do meu pai, da minha mãe e dos meus irmãos. Tinha medo que
eles pegassem. Impedia-os de irem ao quintal. Ficava na porta
choramingando até eles voltarem.
Eu
mesmo nunca pisei no quintal.
Eu
era o único que não ia ao quintal.
Eu
tinha medo deles, mas é porque eu não sabia o que eles tinham.
Sentia-me seguro longe deles."
[Era
só desconhecimento; não era maldade!]
"Agora,
acho que nunca mais vou poder chegar perto de gato algum. Com ou sem
olhão."
sábado, 20 de junho de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
Preconceito Latente
Queria
compartilhar um ocorrido com vocês e saber suas opiniões.
Fui
transferido para outro setor e chegando lá tive aquela semana de
adaptação onde se ficam todos com o pé à trás
observando, inclusive eu.
Teve
um rapaz que tem um cargo de confiança do diretor que assim que
me viu pela primeira vez, soltou: _ Esse sim é um afrodescendente de
respeito, não igual ao que temos aqui. E apontou para outro rapaz
negro que riu, assim como eu ri.
O
que pareceu ser um quebra-gelo, foi se aprimorando e acrescido
de ódio disfarçado de brincadeira.
Todas
as vezes que esse rapaz me via soltava uma piada:
_
E aí negão;
_
Eu sou racista, viu;
_
Você está pensando que está falando com alguém da sua raça;
_Você
está sentado na mesa errada negão.
Ele
fazia isso sério e na frente de todos, inclusive de outros
funcionários da raça negra. O que me despertou que aquilo não era
brincadeira é porque quando ele pegava pesado, sempre me ligava de
forma educada e me chamando pelo nome, como que para soprar depois do
tapa.
Um
dia eu não aguentei e, temendo perder o controle e razão, o chamei
bem educadamente para sala de reunião e pedi permissão para gravar
a conversa, ele se assustou e disse que não, eu disse que gravaria
do mesmo jeito e que ele poderia sair da sala se quisesse, como ele
não saiu comecei a falar.
Eu:
_ Olha, eu estou me sentindo incomodado com suas brincadeiras a
respeito de raça. E não é só por mim. Quando você faz isso, não
olha para os lados e nem vê que o pessoal da limpeza, o da cozinha,
e motoristas, estão todos por perto e como eu tenho um cargo
equivalente ao seu e sei que eles nunca viriam aqui para falar com
você, eu me sinto na obrigação de fazer isso.
Ele:_
Eu sei. A gente brinca com quem dá abertura, mas se você não quer
eu não brinco mais. Só acho que não deveria chegar a esse pinto de
você me chamar aqui e gravar. (levantou-se e já ia saindo da sala)
Eu:
_ Só um minuto que eu ainda não acabei de falar.
(ele
se assustou com a assertividade do meu tom e voltou)
Eu:_
Essa é a última vez que estou falando com você sobre isso, da próxima abrirei um boletim de ocorrência e entrarei com petição
para que seja instaurada uma sindicância.
(ele
ficou nervoso, saiu falando alto; mas eu continuei calmo com a voz
branda e disse: _ estamos acertados, não é. E dei um sorriso)
Bem,
nossa relação agora está naquele fio tênue, mas não vou ficar
sendo sistematicamente ofendido e levar tudo na brincadeira para
evitar o confronto. Não seria mais fácil que as ofensas fossem
evitadas?
Até
parece que isso é feito em tom de brincadeira para quando a vítima
tomar uma atitude drástica, passe a exercer o papel de agressor.
Não
adianta achar tudo um absurdo e tentar mudar leis e cobrar
autoridades se no nosso dia a dia, no nosso ciclo de amizade, não
conseguimos reverter ou evitar injúrias.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Nunca é tarde.
Bem,
chega de irresponsabilidade. Nunca é tarde para mudar.
Depois de
anos fazendo sexo sem camisinha, agora só com camisinha.
Nunca tinha
camisinha e quantas vezes fiz sexo sem proteção: tanto pra mim
quanto para o parceiro. Agora não quero levar culpa em minha mente,
quero prazer sem culpa.
Ia
aos guetos de sexo sem preservativos e só transava com quem
quisesse fazer bare,
com isso eu ganhei prazer, mas também sífilis e herpes.
Claro que eu
não forçava ninguém a fazer sexo comigo sem camisinha, mas como
sei que tenho HIV é meu dever proteger quem está ao meu lado.
Fico
mais tranquilo por estar com carga viral indetectável e sei que assim o
vírus não é transmitido, mas agora eu levo as minhas camisinhas.
Já é um progresso.
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